A China impôs uma proibição total às importações de carne de frango e produtos avícolas do Brasil após a confirmação de um caso de gripe aviária em uma granja comercial na cidade de Montenegro, no Rio Grande do Sul, em 16 de maio de 2025. A decisão foi anunciada pela Administração Geral de Alfândegas da China em 29 de maio e abrange todas as importações diretas e indiretas desses produtos, que serão devolvidas ou destruídas se chegarem ao país.
O governo brasileiro havia solicitado que o embargo se limitasse à região afetada, seguindo o exemplo de países como Japão e Reino Unido, que restringiram as compras apenas às áreas diretamente impactadas. No entanto, a China optou por uma proibição nacional, seguindo os protocolos sanitários estabelecidos nos acordos bilaterais.
A medida afeta significativamente o comércio entre os dois países, interrompendo um mercado avaliado em mais de US$ 1 bilhão por ano. A China é o maior comprador de carne de frango brasileira, representando cerca de 35% das exportações globais do setor.
Além da suspensão das importações, a China determinou que todos os resíduos animais e vegetais de navios provenientes do Brasil sejam tratados sob supervisão aduaneira e não descartados sem autorização.
O Brasil, maior exportador mundial de carne de frango, enfrenta agora desafios para retomar as exportações e minimizar os impactos econômicos da proibição. O governo e representantes do agronegócio estão intensificando os esforços para demonstrar ao mercado chinês que o país está adotando todas as medidas sanitárias necessárias para controlar a situação.
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