Os laudos realizados pela Polícia Científica do Estado de São Paulo apontam que o empresário encontrado sem vida no buraco de uma obra no Autódromo de Interlagos, na Zona Sul da capital, sofreu lesões nos dois joelhos antes de morrer.
Um dos documentos, o laudo anatomopatológico, que analisou órgãos e tecidos de Adalberto Amarilio dos Santos Junior, detectou um fragmento irregular de pele do joelho com uma escoriação. Concluiu-se que a lesão ocorreu antes da morte porque foi observada uma hemorragia nos tecidos abaixo da escoriação, o que indica que a vítima ainda estava viva no momento do ferimento.
ASFIXIA
De acordo com os laudos, a causa da morte do empresário foi asfixia, apontada por lesões nos pulmões que indicam privação ou falta de oxigênio.
O exame pericial detectou ainda a presença de PSA – componente do líquido seminal produzido na próstata – no pênis, mas esse tipo de achado é esperado em indivíduos do sexo masculino. A pesquisa de espermatozoides nas cavidades oral e anal apresentou resultado negativo, o que indica que não houve violência sexual.
Não foram detectadas as presenças de álcool, drogas de abuso, fármacos, praguicidas ou outras substâncias no sangue de Adalberto, o que afasta a hipótese de morte por intoxicação ou envenenamento.
DEPOIMENTO CONTRADITÓRIO
A informação do laudo de que não foram encontrados drogas e álcool em Adalberto divergem do que Rafael, o amigo do empresário, havia dito anteriormente à polícia. Em seu depoimento, ele contou que se encontrou com Adalberto no dia do evento, e que os dois tomaram cerveja e fumaram maconha.
Rafael foi a última pessoa que teria tido contato com Adalberto antes de ele desaparecer. O amigo, no entanto, não é considerado suspeito pela polícia, mas sim uma testemunha. Mas o fato de o corpo ter sido encontrado dias depois pode ter contribuído que não encontrassem vestígios de drogas ou álcool no laudo toxicológico.
SEGUE SOB INVESTIGAÇÃO
O caso passou a ser apurado como homicídio, em razão da descoberta de que o empresário teve uma morte violenta.
Policiais ainda apuram se ele foi asfixiado por esganadura ou se sofreu uma compressão torácica. A morte ocorreu entre 36 horas ou 48 horas antes da descoberta do corpo
Com informações do g1.
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