Laysa Peixoto, 22, que alegou ter sido escolhida para ser a primeira astronauta brasileira a ir para o espaço, se pronunciou nesta quinta-feira (19) após ser chamada de “astronauta de Taubaté”. Em entrevista à Itatiaia, ela revelou como tem lidado com a repercussão sobre o assunto.
“Eu adoro o bom humor brasileiro. Eu tenho levado com bom humor também porque acho que, em respeito ao povo brasileiro, é necessário esclarecer essas informações falsas que foram compartilhadas”, declarou a jovem.
A expressão é uma referência ao meme da “Grávida de Taubaté”, caso que se tornou conhecido quando uma moradora da cidade inventou que estava grávida de quadrigêmeos, utilizando uma barriga falsa.
Laysa Peixoto voltou a ressaltar que foi selecionada para ir ao espaço em 2029 depois de ter um suposto vínculo negado pela Nasa.
“Estou realmente selecionada como astronauta e acho que agora é importante veicular as informações corretas para que as pessoas não sejam induzidas a acreditarem que é algo falso, sendo que é algo concreto e que está confirmado”, acrescentou.
Na última semana, ela se pronunciou pela primeira vez nas redes sociais.
“Em nenhum momento da minha declaração, eu cito que a Nasa foi responsável por essa seleção para esse voo de 2029, ou que a Nasa me selecionou como astronauta de carreira. Em nenhum momento, menciono a Nasa nesse sentido”, disse.
Laysa Peixoto também comentou que só mencionou a agência para se referir ao comandante, “que foi selecionado para missão, que é astronauta veterano da Nasa”.
Entenda o caso
A jovem, natural de Contagem (MG), havia afirmado em post em suas redes sociais ter sido selecionada como astronauta de carreira e que integraria o voo inaugural da empresa Titans Space, previsto para 2029. Segundo ela, iria representar o Brasil em uma nova era da exploração espacial, com viagens para estações espaciais privadas e futuras missões tripuladas à Lua e Marte.
Em seu LinkedIn, ela afirmava ter trabalhado na Nasa liderando pesquisas aos 19 anos de idade, o que foi desmentido pela agência.
Dizia ainda ter sido fellow em Física Teórica e Matemática da Sociedade Max Planck, ter feito curso de Engenharia em Machine Learning, Modelagem e Simulação no Centro de Ciência Computacional do MIT (Massachusetts Institute of Technology) e ter um mestrado em Aplicações de Computadores pela Columbia University.
Entenda todas as alegações feitas por Laysa Peixoto
Sobre a missão tripulada
A agência espacial disse à CNN que “o programa L’Space [citado por ela como parte da formação] é um workshop para estudantes, e não é um estágio da Nasa ou trabalho na agência”. “Seria inapropriado reivindicar a afiliação à Nasa como parte dessa oportunidade”, consta no comunicado.
Quanto à missão da Titans Space, a qual ela afirma participar, a Nasa responde que “também não é afiliada”. Não há menção à empresa entre as autorizações espaciais da FAA (sigla inglesa para a Administração Federal de Aviação, dos Estados Unidos), o que impede que esse voo seja efetivamente realizado até o momento.
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