Foto: Arquivo / cidadeverde.com
A tradicional cajuína do Piauí passou, nesta terça-feira (17), por uma nova etapa de revalidação como Patrimônio Cultural do Brasil. O processo foi conduzido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), durante a 109ª Reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, realizada no Centro Cultural Clube dos Diários, em Teresina.
A revalidação é obrigatória a cada dez anos para todos os bens registrados como patrimônio imaterial, conforme o Decreto nº 3.551/2000 e a Resolução Iphan nº 5/2019. A cajuína foi reconhecida como patrimônio imaterial em 2014, e agora passa por essa atualização para verificar se o bem mantém sua relevância cultural e social no território.
De acordo com a superintendente do Iphan no Piauí, Teresinha Ferreira, a revalidação é baseada em um novo dossiê técnico elaborado com base em pesquisas de campo.
“Esse dossiê permite entender como o bem está hoje: se ele ainda existe, se avançou, se cresceu. Com base nesse material, o Iphan submete o processo ao Conselho Consultivo para decidir pela renovação do título”, explicou.
A cajuína é uma bebida não alcoólica feita com suco de caju clarificado e cozido em banho-maria até a caramelização dos açúcares. Além do modo de produção, a bebida carrega práticas socioculturais ligadas à hospitalidade e às celebrações familiares no Piauí, como aniversários e casamentos.
Entre fevereiro e março deste ano, o Iphan abriu uma consulta pública sobre o parecer técnico favorável à revalidação. A população pôde enviar sugestões e contribuições até o dia 22 de março. As manifestações foram incorporadas ao processo e apresentadas na reunião do Conselho.
A decisão final sobre a manutenção do título será anunciada pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, que reúne representantes de ministérios, especialistas e instituições da área cultural.
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