O vereador James Guerra (Avante) comentou durante entrevista na manhã desta quarta-feira (18) a polêmica com a formação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará possíveis irregularidades nos contratos emergenciais firmados para a coleta de lixo em Teresina. A controvérsia tem como fundamento o fato de o parlamentar ter sido o secretário de desenvolvimento urbano na gestão passada, pasta que firmou os contratos emergenciais que serão investigados.
Ainda ontem a CPI da coleta de lixo aprovou a formação da comissão e James Guerra foi indicado como membro efetivo pelo bloco formado pelo PRD e o seu partido, o Avante.
Como objeto de investigação, a CPI definiu que analisará os contratos emergenciais firmados com o consórcio Aurora/Recicle, que operou o sistema de coleta de resíduos da capital pelos últimos sete anos. Durante a gestão de Dr. Pessoa, o ex-prefeito firmou quatro contratos emergenciais para a limpeza, os acordos tiveram duração de dois anos. James Guerra comandou ou indicou o gestor da pasta desde o início de 2023.
Além dos contratos anteriores, a CPI também investigará a licitação emergencial que está em curso pela gestão de Silvio Mendes. Na última semana a Empresa Teresinense de Desenvolvimento Urbano (ETURB) realizou o pregão para a escolha da nova empresa, porém o vencedor ainda não foi anunciado. Na CPI os vereadores investigam um possível favorecimento a uma determinada empresa no certame.
Questionado, o vereador James Guerra negou que houvesse algum conflito de interesse ou questionamento ético.
“O objeto da CPI que foi aprovado trata do edital, lançado em 2025. O que eu acho que acontece é que muitas das situações de dificuldades enfrentadas hoje, tem absoluta relação com o que aconteceu no ano passado, mas o escopo, o objeto que vai ser conduzido pelo presidente, refere-se, ao ano de 2025, que foi aprovado aqui, então não se pode sair do objeto. Do meu ponto de vista não vejo nenhum problema ético”, afirmou.
Contrariando James Guerra, o presidente da CPI, Fernando Limma (PDT), revelou que irá consultar os membros sobre uma eventual destituição do parlamentar da pasta.
“O objeto da CPI vai ser investigar denúncias e indícios de regularidades dos procedimentos de contratação emergencial da coleta do lixo e limpeza urbana na cidade de Teresina, como eu citei, já ocorreram quatro contratos emergenciais, a indicação do vereador coube ao bloco do partido dele. Vamos sentar com a comissão para deliberar sobre o caso do vereador na semana que vem”, concluiu.
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