Criança indígena morre baleada pelo pai no Maranhão

Uma criança indígena identificada como Mizael Arapeay Guajajara, de 3 anos, morreu após ser baleada com um tiro de espingarda disparado pelo próprio pai, na aldeia Borges, a cerca de 26 km da cidade de Amarante do Maranhão, no sul do estado.

O caso aconteceu no fim da tarde de segunda-feira (15). Segundo a Polícia Militar, o disparo ocorreu durante uma briga entre o pai da criança, Wesley dos Santos Miranda, e a mãe, Regina, que é indígena da etnia Guajajara. A vítima afirmou que, durante uma briga, foi ameaçada e agredida fisicamente enquanto amamentava o filho.

O que aconteceu?

Em depoimento, Regina relatou que a discussão foi motivada pelo consumo excessivo de álcool por parte do companheiro, que, segundo a polícia, estava visivelmente embriagado. Ainda conforme o relato da vítima, Wesley invadiu a residência armado, apontou a espingarda em sua direção e efetuou o disparo.

O tiro a atingiu de raspão no lado esquerdo do tórax, entre o braço e o seio. Já o menino foi atingido na região abdominal.

A mulher relatou ainda que, após o disparo, tentou buscar socorro para a criança, mas foi impedida pelo companheiro, que a manteve em cárcere. Somente depois de algum tempo conseguiu escapar e pedir ajuda, mas a criança já estava sem vida.

Wesley, que não é indígena, era morador do município de Senador La Rocque e vivia na aldeia com a esposa e o filho. Após o crime, ele foi detido dentro da própria aldeia e levado para a Delegacia de Polícia Civil de Amarante. Posteriormente, foi encaminhado para a Delegacia Regional de Imperatriz, onde permanece preso.

Confessou crime

Segundo a polícia, o pai da criança confessou o disparo e entregou a arma utilizada no crime. Ele alegou que não tinha a intenção de atingir o filho.

A arma usada, uma espingarda, foi apreendida. O suspeito deve responder por homicídio, crimes no contexto da Lei Maria da Penha, tentativa de homicídio, porte ilegal de arma de fogo e cárcere privado.

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