Empresário é achado morto em Interlagos: laudo revela asfixia

O empresário Adalberto Amarilio Júnior, encontrado morto em um buraco de obra no Autódromo de Interlagos, na Zona Sul de São Paulo, teve morte violenta por asfixia, conforme apontou o laudo pericial. 

De acordo com a Polícia Técnico-Científica, os exames necroscópicos indicam que Adalberto morreu por compressão pulmonar, possivelmente causada pelo confinamento dentro do buraco onde o corpo foi achado. A morte teria ocorrido entre 24 e 48 horas antes da localização do cadáver, em 3 de junho.

O laudo também revelou escoriações no pescoço da vítima, sugerindo possível esganadura. No entanto, ainda não está claro se ele foi morto dessa forma ou por compressão torácica. A Polícia Civil, que inicialmente tratava o caso como morte suspeita, ainda avalia se irá reclassificá-lo como homicídio. Até o momento, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) não se manifestou oficialmente.

Os exames toxicológicos não detectaram álcool nem drogas no organismo da vítima. Isso contraria o depoimento de Rafael Aliste, amigo de Adalberto, que afirmou à polícia que ambos haviam consumido cerveja e maconha no dia do desaparecimento, 30 de maio. Apesar de ser a última pessoa a ter contato com o empresário, Rafael é tratado apenas como testemunha e está colaborando com as investigações.

O corpo foi encontrado por um funcionário da obra, dentro de um buraco com cerca de três metros de profundidade e 70 centímetros de diâmetro. Adalberto estava sem calça e sem tênis. Ele tinha 35 anos e era proprietário de uma ótica.

Câmeras de segurança registraram os últimos momentos do empresário, caminhando pelo estacionamento do autódromo. O carro dele foi encontrado estacionado de forma irregular no kartódromo anexo, com manchas de sangue em seu interior. O laudo de DNA ainda não foi concluído, mas a polícia avalia a possibilidade de que essas marcas já estivessem no veículo antes da morte.

Veja Também


Publicar comentário