Estudo detecta “luz da vida” que se apaga após a morte de animais

É comum escutarmos elogios que ressaltam o quanto uma pessoa é “iluminada”, mas um novo estudo sugere que os seres vivos podem emitir luz no sentido literal da palavra.

Um grupo de pesquisadores da Universidade de Calgary, no Canadá, documentou a existência de um fenômeno biológico chamado de emissão de fótons ultrafraca (ou UPE, na sigla em inglês), ou seja, a emissão de uma luz extremamente fraca, invisível a olho nu, vinda de seres vivos. O estudo foi publicado em abril no The Journal of Physical Chemistry Letters.

Para chegar a esses resultados, os pesquisadores estudaram reações bioquímicas no organismo de camundongos e plantas.

Os animais foram colocados em compartimentos ultraescuros, para eliminar a interferência da luz ambiente nos resultados. Em um compartimento, havia roedores vivos e, em outro, havia roedores mortos por eutanásia recentemente. Embora os dois grupos apresentassem a mesma temperatura corporal de 37 °C, apenas os animais vivos apresentaram a presença robusta de UPE.

Já as plantas foram divididas em grupos que sofreram diversos fatores de estresse, como lesões, mudanças na temperatura e aplicação de produtos químicos. Quanto mais estresse, mais UPE foi emitida pelas plantas.

O estudo indica que a UPE emitida pelos seres vivos existe graças ao metabolismo celular, que produz como subproduto um grupo de moléculas chamadas espécies reativas de oxigênio (ROS, na sigla em inglês). A produção em excesso de ROS pode levar ao estresse oxidativo, que induz processos de excitação dos elétrons, o que resulta emissão de uma luz ultrafraca.

Essa luz tênue foi detectada em diversas formas de vida, de organismos unicelulares e bactérias até plantas, animais e humanos.

Publicar comentário