
Filha tenta envenenar mãe em hospital de São Luís: MP denuncia

Uma mulher morreu no domingo (15), após passar vários dias internada no Hospital Geral da Vila Luizão, em São Luís. Natural do município de Governador Nunes Freire, a paciente, identificada apenas como Sandra, foi internada com diagnóstico de atrofia multissistêmica (AMS).
Entretanto, denúncia do Ministério Público do Maranhão (MPMA) aponta para a possibilidade da mulher ter sido vítima de envenenamento causado pela própria filha. Segundo a denúncia, feita no dia 9 de junho, o crime teria ocorrido em duas ocasiões, nos dias 24 e 27 de abril de 2025, quando a denunciada teria tentado inserir medicamentos que estariam adulterados com veneno entre os remédios que a mãe estava fazendo uso no hospital.
tentativa de feminicídio qualificado
A denúncia feita, através da 24ª Promotoria de Justiça Criminal, junto à 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital pediu ainda que a filha seja condenada por “tentativa de feminicídio qualificado pelo emprego de veneno e pela impossibilidade de defesa da vítima”, crimes previstos no Código Penal.
O Ministério Público também pediu a prisão preventiva da suspeita, com a justifica de que “o crime praticado causa insegurança à população e à paz pública, gerando indignação social diante do perigo gerado pelo estado de liberdade da denunciada, haja vista tratar-se de um crime em que a acusada tentou envenenar a própria mãe, enquanto ela estava internada”, cita o texto da denúncia.
Veneno nos medicamentos
Para tentar ofertar os medicamentos com veneno à mãe, a filha teria informado no hospital que os remédios seriam para substituir a melatonina usada pela mãe. Na primeira tentativa, ocorrida no dia 24 de abril, a filha teria solicitado de uma técnica de enfermagem do hospital, que trocasse o medicamento original por outro que ela trouxe de casa.
A profissional, entretanto, teria recusado a troca após perceber bolinhas pretas suspeitas no interior do frasco. A mulher ainda teria trocado o recipiente por outro frasco semelhante, igualmente suspeito e que também foi recusado por profissionais do hospital.
Após as tentativas, a equipe médica notificou a direção do hospital e os frascos foram enviados à perícia. No dia 27, Maria Eduarda teria retornado e entregado um novo frasco à médica, dizendo que era um medicamento desaparecido que a mãe precisava dormir. A médica alertou o diretor da unidade de saúde, que acionou a polícia.
O exame toxicológico realizado confirmou a presença de terbufós e alfametrina, substâncias presentes no aldicarbe, agrotóxico utilizado de forma irregular como raticida doméstico, conhecido popularmente como “chumbinho”.
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