
Guarda municipal preso por assaltos a mulheres cometeu golpes fardado e apresentou 35 atestados falsos, diz secretário

Foto: Arquivo/Cidadeverde.com
Foto: Reprodução/TV Cidade Verde
O guarda civil municipal preso na última quarta-feira (18), suspeito de cometer assaltos contra mulheres e aplicar golpes em postos de combustíveis deTeresina, apresentou 35 atestados médicos falsos ao longo de três anos, segundo revelou o secretário municipal de Segurança, coronel Wagner Torres. O mandado de prisão temporária foi cumprido na própria sede da Guarda Civil Municipal (GCM), após investigação interna e denúncia de uma das vítimas.
De acordo com o secretário, o comportamento do guarda já havia chamado atenção desde o início da nova gestão. “Assim que eu assumi, já percebi o comportamento estranho. Ele é um rapaz jovem, de 35 anos, e apesar de folgas longas por conta das escalas, entregava vários atestados médicos. Mandei investigar e descobrimos que eram falsos”, disse Wagner Torres, em entrevista à TV Cidade Verde.
O guarda é acusado de marcar encontros com mulheres, principalmente garotas de programa, para roubá-las após os encontros. Segundo as investigações, ele roubava os celulares das vítimas e os deixava como garantia de pagamento em postos de combustível. Os crimes teriam sido cometidos usando a farda oficial da Guarda Municipal.
“Ele saia com mulheres de programa, no final do programa, ele anunciava o assalto, subtraía o celular, ia aos postos de combustível usando a farda da Guarda Municipal, abastecia lá seu veículo e lá ele mentia que cartão de crédito tinha bloqueado. Deixava como garantia o celular roubado”, destacou o coronel. Ainda segundo ele, três novos relatos de vítimas chegaram à polícia após a prisão.
O guarda também responde por outros crimes. O mandado de prisão foi expedido pela Central de Inquérito e ele está sendo investigado por roubo (art. 157), estelionato (art. 171), ameaça (art. 147) e ainda já havia sido indiciado por estupro de vulnerável, em caso denunciado à Casa da Mulher Brasileira.
“Assim que eu dei a voz de prisão, chamei ele lá no nosso gabinete na quarta-feira, perguntei a ele sobre os crimes, ele negou, dei a voz de prisão e comuniquei à delegada. Imediatamente ela deslocou para lá com a sua equipe e fez a prisão”, contou.
O coronel Wagner Torres afirmou que, se as acusações forem confirmadas, o servidor será expulso da Guarda Civil Municipal. Ele também defendeu critérios mais rigorosos nos concursos públicos para agentes de segurança. “Na Polícia Militar, fazemos levantamento da vida pregressa. Se isso não foi feito para ele, será feito no próximo concurso. Precisamos de critérios morais e psicológicos claros”, frisou. Segundo ele, os crimes cometidos sugerem distúrbio de personalidade.
A Delegacia da Mulher e a 8ª Delegacia Seccional seguem com as investigações. A delegada Amanda Bezerra, responsável pelo caso, reforça que novas vítimas podem procurar a delegacia para denúncia.
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