Mãe de adolescente baleado em escola de Teresina organiza rifa solidária para comprar equipamentos de reabilitação

Foto: Reprodução

A mãe do adolescente de 17 anos baleado dentro de uma escola particular de Teresina em dezembro de 2024 está promovendo uma rifa solidária para arrecadar recursos e seguir com o tratamento do filho, que ainda enfrenta complicações médicas meses após o atentado.

Cleytiana Campelo, que atua como cabeleireira e esteticista, explicou que os custos com a reabilitação se somaram às dificuldades financeiras enfrentadas desde o crime. Segundo ela, o número de cliente diminuiu, e o acúmulo de despesas tem impedido novas compras.

Preciso comprar três aparelhos que irão me ajudar na reabilitação dele, mas como eu fiz muitos investimentos e não pude trabalhar em muitos momentos, os investimentos que eu fiz viraram uma bola de neve no cartão. Preciso pagar pra liberar o limite e comprar esses aparelhos”, relatou.

A rifa organizada por ela oferece um combo completo de cuidados estéticos, com serviços como drenagem linfática, limpeza de pele, spa dos pés, hidratação e escova, corte de cabelo, depilação completa, kits home care facial e capilar, além de brindes. O segundo prêmio são 6 meses de aula em um estúdio de balé. 

A iniciativa também aceita doações diretas via Pix ou contribuições com suplementos e manutenção dos tratamentos.

“Deixo a minha chave Pix, mas podem ajudar também comprando suplementos ou manutenção, ou agendando horário. Preguiça de trabalhar eu nunca tive”, afirmou.

A rifa é virtual e a participação é por meio de link. As doações podem ser enviadas para a chave PIX: [email protected] 

O caso

O atentado aconteceu no dia 4 de dezembro de 2024, dentro de uma escola localizada na Rua Desembargador Pires de Castro, no Centro de Teresina. A suspeita do disparo é uma adolescente de 17 anos, ex-namorada da vítima. Após o crime, ela foi apreendida e, segundo a mãe do jovem, a Justiça determinou que cumpra medida socioeducativa de três anos.

“Até onde eu soube, soube pela Justiça que ela vai cumprir pena de três anos. Mas o meu foco no momento é a recuperação do meu filho”, afirmou Cleytiana.

A rifa não tem data definida para o sorteio. A proposta é encerrá-la quando for atingida uma quantidade suficiente de vendas, com posterior agendamento do serviço pelo ganhador. Mais do que uma campanha de arrecadação, Cleytiana reforça que a iniciativa é, acima de tudo, um gesto de solidariedade e esperança.

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