
Manchas de sangue no carro de empresário revelam mistério

A Polícia Civil de São Paulo confirmou que as manchas de sangue encontradas no carro de Adalberto Amarilio Júnior, empresário encontrado morto no Autódromo de Interlagos, são dele e de uma mulher ainda não identificada. A informação foi confirmada por meio de laudo de DNA divulgado pela Secretaria da Segurança Pública (SSP).
“O laudo foi parcialmente concluído, confirmando que o sangue pertence ao empresário e a um perfil feminino ainda não identificado. Outros exames estão em andamento para esclarecer o caso”, informou a SSP.
A investigação encaminhou à perícia amostras de DNA da esposa de Adalberto, Fernanda Dândalo, para comparação. A hipótese de envolvimento de uma suposta amante foi descartada, mas ainda não se sabe há quanto tempo as manchas estavam no veículo.
Homicídio por asfixia
Na última terça-feira (17/6), o Instituto Médico Legal (IML) concluiu que Adalberto morreu por asfixia, e o caso passou a ser investigado como homicídio — inicialmente, era tratado como morte suspeita.
Segundo os laudos, ainda não é possível confirmar com exatidão a dinâmica da morte. A polícia trabalha com duas possibilidades: constrição torácica (pressão sobre o tórax) ou estrangulamento cervical (pressão no pescoço). Marcas no pescoço da vítima levantaram a suspeita de um possível golpe de mata-leão.
O corpo foi encontrado quatro dias após o desaparecimento, em um buraco em uma área de obras dentro do autódromo. A polícia acredita que o empresário foi colocado no local, descartando a hipótese de queda acidental. Não se sabe, no entanto, se ele já estava morto quando foi deixado ali.
Sangue encontrado no carro de Adalberto – Foto: Reprodução9
Lesões e suspeitas
Exames também identificaram uma lesão no joelho de Adalberto, causada ainda em vida, possivelmente no momento em que ele foi colocado na fundação onde foi encontrado. Apesar das marcas no pescoço, a traqueia não chegou a ser quebrada, o que reforça a tese de sufocamento sem fratura — como em um golpe de mata-leão.
A polícia trabalha com a hipótese de que o golpe tenha sido aplicado por um segurança do evento. O número elevado de funcionários dificulta a identificação: foram contratados 188 seguranças, além da equipe fixa do autódromo, somando mais de 200 profissionais. A investigação já tem uma lista com todos os nomes e solicitou imagens de câmeras para mapear os deslocamentos no local.
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