Prefeitos de Teresina e Timon cobram redução do prazo de interdição da Ponte Metálica

Fotos: Yala Sena 

Equipes das prefeituras de Teresina e Timon se reuniram na manhã de sexta-feira (6) com a empresa Ferrovia Transnordestina Logística (FTL) e pediram que o prazo para interdição da Ponte Metálica fosse reduzido. 

A empresa, responsável pela gestão da ponte, pediu 90 dias para fechar o local para a manutenção. As prefeituras querem interdição de apenas 30 dias.

Outro pedido dos prefeitos Rafael Brito (PSB) e Silvio Mendes (União Brasil) é que o fechamento da ponte não inicie em 23 de junho deste ano, mas no dia 1º de julho a encerrando dia 30, período de férias escolares, o que causaria menos transtornos. 

A reunião aconteceu em cima da ponte, que ficou interditada por cerca 30 minutos na manhã de hoje. Participaram da reunião o superintendente da Strans (Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito), Carlos Daniel, coronel Jaime, a secretaria de Transporte de Timon, Dóris Schnneyder e representantes da empresa. 

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“A prefeitura de Teresina está vindo tomar conhecimento mais de perto o que o serviço de reforma e solicitamos, juntamente com a prefeitura de Timon uma redução no prazo de redução da obra. Sabemos que Teresina e Timon são cidades irmãs e o tráfego é muito grande e precisa reduzir o prazo para evitar um transtorno para a população para não sobrecarregar a outra ponte”, disse Carlos Daniel. 

A Ponte Metálica, patrimônio cultural, foi inaugurada há mais de 80 anos e é ponto turístico da cidade e um dos principais acessos das duas cidades. Segundo a empresa, circula cerca de 300 mil pessoas na ponte Metálica, que é tombada pelo patrimônio cultural. 

Os representantes da FTL informaram as prefeituras que a manutenção inclui duas etapas. A primeira, que iniciaria em 23 de junho, seria o tabuleiro da ponte para reduzir os espaços dos trilhos, que está desgastado e causando acidentes entre motoristas e transeuntes. A outra reforma seria, em outra oportunidade, que é a manutenção da estrutura da ponte. Eles garantiram que a ponte é segura e não há qualquer risco de desabamento. A empresa não informou o valor da obra e que vai estudar a proposta das duas prefeituras. 

“A gente chegou a um consenso que 90 dias de interdição da Ponte Metálica é um prejuízo muito grande para as duas populações, tanto de Timon como de Teresina. Então, propomos uma redução desse período da reforma para que possamos se organizar, planejar e ter uma melhor mobilidade entre as duas cidades”, disse a secretaria de Transporte e Mobilidade de Timon, Dóris Schnneyder.

1ª FASE DA OBRA FOI APROVADA PELO IPHAN

Ao Cidadeverde.com, Teresinha Medeiros, superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), confirmou que a primeira fase da reforma foi aprovada. Por se tratar de um bem tombado era necessária também a autorização do órgão.

“Há muito tempo não há uma manutenção efetiva. Como é um bem tombado, a empresa necessariamente tem que entrar com um projeto no Iphan, pois não se pode mexer nas características originais. A FTL protocolou, analisamos e aprovamos essa reforma que consideramos simplificada. Após a primeira etapa, a empresa deve entrar com um projeto novamente para as próximas fases”, explica Medeiros. 

De acordo com o projeto, a primeira fase inclui:

– Laje do tabuleiro: recomposição das aberturas, fendas e substituição das placas de aço no tabuleiro rodoviário por graute com armadura;


– Passarelas laterais: soldas e reparos pontuais nas chapas das passarelas laterais;


– Juntas dos encontros: aplicação de juntas poliméricas nos encontros de ambos os lados;


– Revestimento da laje de piso: fresagem da camada superficial e formação de superfície rugosa (melhoria de aderência);


– Via permanente: correção de bitola, alinhamento e nivelamento das duas filas de trilhos existentes no tabuleiro.


Teresinha Medeiros explica que há anos a ponte não é reformada. Ela conta que, anualmente, o Iphan acompanha a situação e repassa à FTL, empresa responsável pela estrutura. 

“Há muito tempo não é feito uma reforma, apenas reparos emergenciais como tapa-buraco. É uma obra extremamente necessária para dar segurança à população”, concluiu a superintendente da Iphan no Piauí. 

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