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Qual a diferença entre pinha e atemoia?

Diferenciar entre pinha e atemoia pode ser estratégico para atender diferentes nichos e otimizar a produção rural

Pinha (esq.) e atemoia (dir.). Foto: Adobe Stock

A pinha, cientificamente conhecida como Annona squamosa, é uma espécie pura originária da América tropical. Também chamada de fruta-do-conde ou ata em algumas regiões do Brasil, esta fruta tem uma longa história de cultivo e adaptação às condições climáticas brasileiras.

Por outro lado, a atemoia é um híbrido resultante do cruzamento entre duas espécies: a Annona cherimola (cherimóia) e a própria Annona squamosa (pinha). Este cruzamento confere à atemoia características únicas, combinando atributos desejáveis de ambos os “pais”. 

A natureza híbrida da atemoia influencia diretamente suas propriedades agronômicas, exigindo um manejo diferenciado em comparação com a pinha.

Esta diferença genética é o ponto de partida para entender por que, apesar da semelhança visual, atemoia e pinha são frutas distintas com necessidades de cultivo e potencial de mercado diferentes.

Como diferenciar atemóia e pinha no campo

Para o produtor rural, identificar corretamente estas frutas é essencial. A pinha geralmente apresenta uma forma mais arredondada, com uma casca verde-acinzentada composta por escamas bem definidas, que lembram “gomos” ou “escudos”. Estas escamas se separam facilmente quando a fruta está madura.

A atemoia, em contraste, tende a ter uma forma mais oval ou cordiforme (em formato de coração). Sua casca é verde, menos escamosa e mais lisa que a da pinha, com protuberâncias suaves em vez de escamas pronunciadas. 

O tamanho da atemoia é geralmente maior que o da pinha, podendo chegar a pesar mais de 500 gramas, enquanto a pinha raramente ultrapassa 300 gramas.

Polpa e sabor

Ao abrir estas frutas, as diferenças se tornam ainda mais evidentes. A polpa da pinha é branca, granulosa e repleta de sementes pretas. Seu sabor é doce, com notas que lembram baunilha.

A atemoia, por sua vez, apresenta uma polpa mais cremosa e com menos sementes. Seu sabor é considerado mais refinado, combinando a doçura da pinha com notas aromáticas da cherimóia. 

Esta característica torna a atemoia particularmente atrativa para o consumo in natura e para a produção de sobremesas gourmet.

A quantidade reduzida de sementes e a textura mais suave da atemoia são vantagens significativas para o processamento industrial e para o consumidor final, que encontra maior facilidade ao degustar a fruta.

Qual escolher? Considerando as diferenças

Pinha (esq.) e atemoia (dir.). Foto Adobe Stock

A decisão entre cultivar atemoia ou pinha deve levar em conta diversos fatores. A pinha é geralmente mais rústica e adaptável a diferentes condições climáticas, sendo uma opção interessante para regiões com clima mais quente e seco. 

Ela também tende a ter um ciclo de produção mais curto e pode ser uma escolha adequada para produtores que buscam um retorno mais rápido do investimento.

A atemoia, por outro lado, requer condições de cultivo mais específicas, incluindo um manejo mais cuidadoso da irrigação e da fertilização. No entanto, seu potencial de mercado pode ser maior, especialmente em nichos que valorizam frutas diferenciadas e de sabor mais refinado.

Ao planejar o cultivo, considere:

  • Condições climáticas da sua região;
  • Disponibilidade de água para irrigação;
  • Mercado-alvo e canais de distribuição;
  • Capacidade de investimento em tecnologias de manejo.

A escolha entre atemoia e pinha não precisa ser exclusiva. Alguns produtores optam por cultivar ambas as frutas, diversificando sua produção e reduzindo riscos. 

Esta estratégia permite atender a diferentes segmentos do mercado e aproveitar as vantagens específicas de cada espécie.

Independentemente da escolha, o sucesso no cultivo de atemoia ou pinha depende de um planejamento cuidadoso e da aplicação de técnicas adequadas de manejo. Buscar orientação técnica especializada e estar atento às tendências do mercado são passos essenciais para garantir o sucesso da produção.

*Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação Agro Estadão

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